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O copo foi pensado para exaltar a grandeza da bebida nacional
Cachaça ganha copo para chamar de seu
Produzido pela Vista Alegre em cristal, com características recomendadas por especialistas, exalta a grandeza da bebida nacional. Feito artesanalmente, no sopro, traz ainda um toque pra lá de especial: uma pincelada de ouro de 24 quilates. Um luxo!
Uma bebida tão especial merece um copo perfeito. Agora, a cachaça tem! Pensado exclusivamente para ela, o projeto inédito foi desenvolvido pela marca portuguesa Vista Alegre - uma das porcelanas mais famosas do mundo - em parceria com a carioca Academia da Cachaça – bar/restaurante que há 38 anos deu à cachaça lugar de destaque no cenário nacional e internacional. Dois eventos marcam o lançamento: em São Paulo, no dia 18, na loja da Vista Alegre; no Rio, dia 25, na Academia da Cachaça, Leblon. O copo, produzido manualmente, tem assinatura do designer Hugo Amado, para muitos, o vidreiro, uma profissão do século XVII. Quanto privilégio.
As primeiras conversas sobre o copo da cachaça tiveram início em 2017, por iniciativa de Edméa Falcão, idealizadora da Academia da Cachaça, que volta e meia manifestava o desejo de ter um copo à altura da bebida, com aval de Helcio Santos, também sócio-fundador da Academia.
Para o desenvolvimento do copo certo, capaz de estimular os sentidos visualmente e maximizar os sabores durante a degustação, a Academia da Cachaça reuniu um grupo de especialistas – produtores, distribuidores, criadores de conteúdo social e técnico sobre a bebida, além de um master blender, responsável pela formação e qualificação de mais de 3000 profissionais da indústria da Cachaça. Muitas discussões e experimentos foram realizados ao longo desses anos (exceto durante o período da pandemia), sempre junto com a equipe da Vista Alegre, cujos designers se debruçaram na criação de protótipos.
O copo de cristal chega ao Brasil em kits com duas unidades, embalados em caixa retangular preta com faixa retrô e com uma figura feminina. Para Luciana, o copo vem para valorizar ainda mais a nossa bebida. Uma jóia. Tudo a ver com a Vista Alegre, uma das mais conceituadas marcas de artigos de luxo do mundo, uma das quatro produtoras de cristal do planeta. Uma empresa de Portugal, país que no século XV trouxe para o Brasil as primeiras mudas da cana-de-açúcar. O kit com os dois copos de cristal será comercializado por R$ 1,2 mil. Uma versão em vidro já está sendo desenvolvida.
A bicentenária Vista Alegre - inaugurada em 1824 - foi responsável por alçar a porcelana ao status de obra de arte. Não à toa, a primeira unidade industrial portuguesa dedicada à produção da porcelana possui um museu próprio repleto de tesouros e também um hotel cinco estrelas. Um verdadeiro roteiro turístico em Íhavo, sub-região de Aveiro, a 250 km ao Norte de Lisboa e a 82 km ao sul do Porto, encravada à beira-mar.
A Academia da Cachaça foi inaugurada em 25 de outubro de 1985 no Leblon e, quatro anos mais tarde, ganhou uma filial na Barra. Nasceu de um sonho acalentado e construído cuidadosamente para dar à cachaça o lugar merecido. A bebida, até então considerada de segunda categoria, passaria a ser reverenciada pelos paladares mais exigentes. No Brasil e no mundo. A casa também foi pioneira na elaboração da Carta de Cachaças, atualmente na terceira edição - são quase cem rótulos avaliados por especialistas, com observações que representaram um novo salto de qualidade, no quesito de informação sobre a bebida.
A relação histórica dos portugueses com a cachaça do Brasil
Foi graças às grandes navegações lusitanas que a cana-de-açúcar veio parar no Brasil, por volta de 1520, trazida da Ásia. Daí em diante, o produto ganhou corpo e forma em solo brasileiro, desembocando na bebida que o mundo inteiro conhece, aprecia e admira.
A história da cachaça começou no século XVI, durante a colonização portuguesa. A criação da bebida inicialmente se deu por meio da destilação do melaço não cristalizado, e depois passou a ser produzida do próprio caldo da cana-de-açúcar.
Apesar de não haver um registro preciso sobre o verdadeiro local onde a cachaça surgiu no Brasil, pode-se afirmar que ela se deu em algum engenho entre os anos de 1516 e 1532, sendo, portanto, o primeiro destilado da América Latina.
Cachaça - Informações, curiosidades e ditados populares
A cachaça foi o primeiro produto brasileiro reconhecido como uma indicação geográfica (IG), no âmbito da Organização Mundial do Comércio.
É a segunda bebida alcóolica mais querida pelos brasileiros, atrás apenas da cerveja, vem conquistando também cada vez mais os consumidores de todo o mundo. As exportações do setor alcançaram mais de US$ 20 milhões em 2022, um crescimento de 52,38% comparado a 2021, segundo dados do Comex Stat (Ministério da Economia), compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC). Em volume, o aumento foi de 29,03%, totalizando mais de 9,3 milhões de litros.
No ano passado, a bebida foi exportada para mais de 75 países, sendo que os principais foram: EUA, Alemanha, Portugal, França e Itália. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cachaça é a primeira bebida destilada mais consumida no Brasil e a terceira no mundo. Apenas de 1% a 2% da produção nacional são exportados. Os maiores produtores de cachaça por aqui são: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
A cachaça mais cara do Brasil custa quase R$ 13 mil. É a Weber Haus Diamant 21, produzida em Ivoti,encosta da serra Gaúcha . E pensar que a cachaça virou até nome de insurgência... A Revolta da Cachaça, também conhecida como Revolta do Barbalho ou Bernarda, motivada pelo aumento de impostos cobrados em cima da cachaça entre o final de 1660 e o início de 1661, no Brasil Colônia. Em 1661, a Coroa Portuguesa resolveu perdoar todos os envolvidos no conflito e passou a considerar o protesto legítimo. Além disso, o governo lusitano liberou a fabricação da cachaça no país.
Na Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 22, a cachaça foi escolhida como a bebida oficial por representar a identidade e cultura brasileira. Numa correspondência, Mário de Andrade escreveu para Tarsila do Amaral (julho de 1925): “Quando me deixam no meu quarto chupito um golinho daquela abrideira gostosa que você me deu e de que eu economizo os últimos restinhos. Eta, abrideira encantada! Me abre a vaidade da ilusão e sinto vocês todos pertinho de mim. Pois então eu converso com vocês”.
Frase dita em 1950 pelo ilustre jurista brasileiro Sobral Pinto (1893-1991): “Quando o Brasil criar juízo e se tornar uma potência mundial, será a cachaça, e não o whisky, a bebida do planeta.”
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